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Equipe: Grupo Acolhendo Alunos em Situação de Exclusão Social da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e Pós-Graduação em Educação de
Jovens e Adultos da Faculdade de Educação da Universidade Eduardo Mondlane. (Via Atlântica: Perspectivas Fraternas na Educação de Jovens e Adultos entre
Brasil e Moçambique). PROCESSO 491342/2005-5 – Ed. 472005 Cham. 1/Chamada. APOIO FINANCEIRO: CNPq e UNESCO
O que é “ser adulto”: as práticas e representações sociais sobre o que é “ser adulto” na sociedade portuguesa
Filomena Carvalho Sousa
RESUMO
Este artigo refere-se ao trabalho de investigação desenvolvido no âmbito do doutoramento em Sociologia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
(ISCTE), Lisboa - Portugal, tese que pretende identificar e caracterizar as práticas e as representações sociais sobre o que é “ser adulto” na sociedade portuguesa.
Nesta pesquisa apresenta-se um modelo de análise e discussão que se assenta na representação de ser adulto, de acordo com duas diferentes concepções:
1- Representação hegemónica – O adulto é um estatuto a atingir com a obtenção de estabilidade na vida profissional, financeira e familiar. Contudo, considera-se que esta é uma representação que não se coaduna com a realidade das actuais trajectórias complexas, múltiplas e destandardizadas. 2- Representação emancipada – Representação que já não se apresenta como hegemônica, mas sim como restrita a alguns jovens adultos/adultos da classe média/média alta urbana. Substitui o carácter pejorativo e estático do conceito de adulto pelo conceito de adulto, que implica a idéia de aprendizagem contínua, de autorealização pessoal, profissional e afectiva, segundo o qual a evolução se dá de acordo com percursos complexos de avanços e recuos (MACHADO PAIS, 2001). Um adulto como perene aprendiz que comunica e, dominando e exercitando a língua portuguesa falada ou