11 Capitulo XI Projecto De Modelos
PROJECTO DE MODELOS
Todos os aeromodelistas desejam projectar o seu próprio modelo, mas muitas vezes não o tentam porque ouvem os mestres falar de tremendas dificuldades de cálculo e concepção, a que os praticantes de recursos mais modestos não podem abalançar-se.
Há na realidade, quem se sente à prancheta e só dê por terminada a sua criação depois de se ter embrenhado em profundas teorias aerodinâmicas, cálculos matemáticos complicados e gráficos próprios da mecânica racional.
Em contrapartida, há também os que nem se sentam à prancheta e começam por talhar directamente na madeira, sem a mínima orientação e método, o seu futuro modelo.
Nem um nem outro sistema são aconselhados, em especial, para o projectista iniciado.
O primeiro, porque não parece de utilidade prática preocupar-se o criador com problemas de tão grande transcendência, dado que o modelo, depois de construído, só muito dificilmente poderá representar em absoluto o estabelecido no desenho; e isto porque os materiais de que o aeromodelista se serve são relativamente deformáveis: as madeiras são susceptíveis de empenar, as colas de ceder e puxar, os papéis de flectir ...
O segundo sistema é ainda muito menos recomendável, por se tratar de um trabalho ao acaso, que sairá ao sabor de improvisações de momento.
Projectar um aeromodelo em bases seguras é relativamente simples e todo o aeromodelista o pode fazer facilmente, desde que conheça os fundamentos das teorias do voo e possua alguma prática de construção e lançamentos.
Os primeiros modelos a conceber devem ser isentos de questões pretensiosas, ou soluções demasiado inéditas, as quais, a maior parte das vezes, redundam em fracasso para quem não dispõe da experiência e conhecimentos bastantes para prever certas subtilezas do voo.
Aos poucos se irá buscando o inédito e o mais difícil.
Admitamos que um aeromodelista, de conhecimentos teóricos e prática medianos, pretende projectar o seu próprio «A-2» de competição.
Como deve ele orientar o