1045 Encruado e recristalizado
O encruamento é uma consequência dos trabalhos mecânicos realizados nos metais, que por sua vez deformam o material alterando suas propriedades iniciais, como aumento de dureza, por exemplo. Porém, em algumas situações essa alteração não é almejada, e como recuperação das propriedades do material é realizado um tratamento térmico chamado de recristalização, em que há a nucleação de novos grãos sobre a estrutura encruada, “apagando” o histórico da peça. 1.1 Encruamento
O fenômeno de encruamento promove um aumento de discordâncias e imperfeições que impedem o escorregamento dos planos atômicos. Como consequência disto, ocorre o aumento da resistência mecânica e do limite de escoamento, porém diminui a ductilidade do material. No decorrer do processo a força necessária para a deformação aumenta, chegando a um limite máximo em que a peça pode ser trabalhada sem sua ruptura. Para o encruamento ser removido, é necessário a realização de tratamento térmico de recristalização.
1.2 Recristalização Após a deformação plástica dos metais, normalmente estes são submetidos a um tratamento térmico, onde um aquecimento controlado promove o rearranjo dos cristais deformados diminuindo sua dureza. Neste processo há, primeiramente, um alívio de tensões armazenadas durante o encruamento devido o movimento de discordâncias, diminuindo a densidade de defeitos pontuais e os sub-grãos formados. Em seguida há a nucleação de novos grãos que irão crescer equiaxialmente, reduzindo ainda mais o número de discordâncias e, com isso, recuperando as propriedades mecânicas originais da peça. Para que esta fase ocorra é necessário que o material esteja aquecido acima de sua temperatura crítica, que é próprio de cada material. Se o aquecimento permanecer por longos períodos, irá ocorrer o crescimento dos grãos, que podem aumentar a ductilidade do material porém diminuir sua resistência mecânica. 1.3 Tamanho de grão A determinação do tamanho de grão pode ser