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O Conselho de Classe é um órgão colegiado, de cunho decisório, presente no interior da organização escolar, responsável pelo processo de avaliação do desempenho pedagógico do aluno. Segundo Rocha (1989, p.19), os conselhos de classe têm sua origem na
França, por volta de 1945, surgidos pela necessidade de um trabalho interdisciplinar com classes experimentais. No Brasil, a implantação dos Conselhos de Classe acontece, inicialmente, de maneira esparsa, em meados dos anos cinquenta do século passado.
Influenciadas pelo ideário escolanovista, algumas escolas se interessam em desenvolver processos coletivos de avaliação da aprendizagem segundo abordagens formativas em processos contínuos de monitoramento. Na década de setenta, no contexto de implantação da Lei 5692/71 e das propostas de organização de escola adotadas conforme o modelo MEC/USAID (DALBEN, 1992), os Conselhos de Classe passaram a ser considerados órgãos oficiais de avaliação da aprendizagem dos estudantes, normatizados pelos respectivos regimentos das escolas.
A história de implementação dos Conselhos de Classe demonstra que esse órgão adquiriu formatos diferentes, estilos de orientação pedagógica diferentes, composições e periodicidade de realização também variadas a partir dos objetivos e metas delineadas pelos projetos pedagógicos das escolas e pelos membros que o coordenam.
Define-se, hoje, o Conselho de Classe como um órgão colegiado, presente na organização da escola, em que os professores das diversas disciplinas, juntamente com os coordenadores pedagógicos ou os supervisores e orientadores educacionais, reúnemse para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos das diversas turmas, séries ou ciclos com que trabalham, com o objetivo de tomar decisões sobre ações pedagógicas a serem desenvolvidas nessas turmas, séries ou ciclos.
Ele apresenta algumas características básicas que o fazem diferente de outros órgãos colegiados e que lhe confere centralidade para o