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1680 palavras 7 páginas
Para entender a confiança depositada na Física Clássica, em particular na Mecânica Newtoniana, faremos, neste capítulo, um breve passeio no tempo. Começaremos pelo estudo da Física Aristotélica, que prevaleceu no pensamento ocidental por quase 2.000 anos até explodir, no século XVII, a grande revolução científica, associada ao nome de Galileu Galilei e ao de Isaac Newton.
A FÍSICA ARISTOTÉLICA
Aristóteles, que viveu na Grécia Antiga (aproximadamente, 300 a.C.), foi um dos pensadores mais importantes da História. Elaborou uma Física e uma Cosmologia que se apoiavam em duas Aristóteles, que viveu na Grécia Antiga (aproximadamente, 300 a.C.), idéias fortemente enraizadas no senso comum:
A Terra é imóvel e está localizada no centro do universo;
Nos céus, os movimentos que percebemos repetem-se de modo sempre regular, como se fossem imutáveis.
A essas duas idéias, Aristóteles adicionou outras construindo um sistema teórico altamente sofisticado e coerente. Ele propôs a divisão do mundo em duas partes: de um lado o mundo em que vivemos, nascemos, crescemos e morremos, o mundo das mutações, da corrupção, como diziam os gregos; de outro, o céu, no qual os corpos celestes estavam incrustados em esferas girantes.
Nesse mundo celeste, considerado perfeito, os movimentos naturais eram os mais harmônicos possível, isto é, circulares. Nele cabia a aplicação da Matemática, considerada ciência das formas perfeitas. Já no mundo em que vivemos, chamado de sublunar, sendo o mundo das coisas mutáveis, não perfeitas, não cabia o recurso à Matemática.
O nosso mundo era descrito qualitativa-mente. Os corpos eram formados por quatro elementos (terra, água, fogo e ar), cada um deles tendo um lugar próprio, denominado de lugar natural. Os movimentos eram divididos em naturais e violentos. Os movimentos naturais (subida e descida de corpos) eram movimentos de retorno dos corpos aos seus lugares naturais.
Desse modo, um corpo composto pelo elemento terra tinha um movimento

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