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As organizações estão emersas em contextos setoriais específicos que atuam como fortes condicionantes da atividade inovadora. Os diferentes ramos da atividade econômica apresentam dinâmicas tecnológicas próprias, determinadas por padrões de competição distintos e condições heterogêneas de acesso a recursos técnicos. Para entender a relação entre inovação e dinâmica setorial, precisamos estudar os diferentes processos produtivos, tipos de produtos e padrões de competição que caracterizam cada setor da atividade econômica. No entanto, para fugir de uma setorial muito especializada, podemos agregar os ramos industriais segundo os seus traços comuns no tocante a natureza do processo produtivo, a escala de produção típica, ao padrão de competição e tipo de mercado visado nos seguintes grupos: 1) produtores de commodities; 2)setores tradicionais; 3) produtores de bens duráveis; 4) setores difusores do progresso técnico.
O setor de serviços constitui outro ramo da atividade econômica que vem se destacando pela incorporação de inovações, mas que precisa ser analisado separadamente devido a suas características de intangibilidade e produção concomitante ao consumo.
A relação entre inovação e tamanho da firma é outra questão importante discutida neste capitulo. Marx entendia que o processo de concentração industrial se apoiava nos ganhos crescentes de escala proporcionados pelas inovações em maquinas e equipamentos. Shumpeter, ao analisar a relação entre tamanho da firma e comportamento tecnológico, reconheceu a importância da escala econômica para a inovação. No entanto, a realidade contemporânea mostra que micro e pequenas empresas também podem ser inovadoras, dependendo do arranjo produtivo, da fase do ciclo de vida do produto e das características da tecnologia.
Por fim, mostraremos o papel da dimensão regional com fator condicionante do processo de mudança tecnológica. A localização geográfica determina o