3 Texto Cap 23 Politica Industrial
1 - Introdução
A participação do Estado na promoção das atividades produtivas de um país é uma questão plena de controvérsias entre os economistas. O tema é defendido ou atacado a partir de suas diferentes bases teóricas – analíticas. São três as correntes principais; ortodoxa, desenvolvimentista e evolucionista.
A perspectiva ortodoxa coloca em questão as fronteiras de atuação do Estado e do mercado na promoção de atividades econômicas.
A ótica desenvolvimentista prioriza o poder econômico e produtivo das nações no contexto internacional.
Na perspectiva evolucionista o foco está na competência dos agentes econômicos em promoverem inovações que transformem o sistema produtivo.
As diferentes correntes estão associadas a diferentes quadros analíticos e posições normativas.
Esvaziada de juízos de valores, o objetivo mais tradicional pretendido pela política industrial é a promoção da atividade produtiva, na direção de estágios de desenvolvimento superiores aos preexistentes em um determinado espaço nacional.
Conceito de política industrial – o conjunto de incentivos e regulações associadas a ações publicas que podem afetar a alocação inter e intra – industrial de recursos, influenciando a estrutura produtiva e patrimonial, a conduta e o desempenho dos agentes econômicos em um determinado espaço nacional.
2 - Política industrial pela ótica das falhas de mercado
Na visão neoclássica o mercado competitivo é o alocador eficiente dos recursos. Supondo informações perfeitas e reversibilidade sem ônus das decisões, os agentes racionais realizam escolhas que maximizam não apenas o seu bem-estar individual, mas também o coletivo. A livre mobilidade dos fatores e o atomismo dos agentes levam a que o mecanismo de demanda e oferta determine preços de equilíbrio ótimos do ponto de vista social, significando que qualquer aumento extra na utilidade de um grupo especifico somente Poe ser atingido às expensas da utilidade de outro grupo. Portanto, se todos os