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Pepeu Garcia discorreu sobre o assunto realçando o lado positivo da fusão, o alcance competitivo que a nova empresa terá na consolidação de mercados externos já conquistados, assim como na conquista de novos segmentos para exportação. Falou na força de uma empresa deste porte, e no significado da venda de uma marca tão forte, brasileira, com Brasil com “s”, ou seja, da venda de mais uma grande empresa preparada para enfrentar o mercado mundial, fator positivo brasileiro na disputa dos mercados globalizados. Lembrou, neste caso e neste segmento, da JDS Friboi, outra empresa que atua com força no mercado de alimentos.
Lembrou também os lados que mais preocupam num processo como esses: pelo lado do emprego, pelos eventuais cortes que possam gerar um enxugamento de e racionalização de processos; gera “aquele medo entre produtores e consumidores”, produtores que se vêem com menor poder de pressão, pois vão ter um comprador mais concentrado ainda, com maior poder de barganha nas suas relações com uma empresa gigante como a que surge, e consumidores que poderão ser prejudicados com a diminuição da concorrência entre as duas marcas gigantes e dominantes até então do mercado de vários produtos, margarinas, massas prontas, frios, congelados, etc.
Sob o aspecto interno, falou ainda o Presidente Pepeu como funciona o mercado e em termos teóricos e acadêmicos o que seria um eventual processo monopolístico que poderia eventualmente se ensaiar com a construção de uma empresa tão poderosa; neste aspecto lembrou de fusões anteriores, como a que juntou no mercado de pastas dentais as marcas de Kolynos e Colgate, e as providencias que o CADE tomou na ocasião, a suspensão por quatro anos da primeira, para diminuir a concentração.
O Presidente Pepeu discorreu sobre como tem sido a atuação do CADE, que já considera também as perspectivas de construção de empresas/marcas mundiais e de sua importância para o país e sua economia, e não só