1 fase
A perspectiva de Potter foi desenvolvida a partir de uma tripla concepção evolucionista do ser humano, segundo a qual o homem é sujeito ativo e passivo de uma evolução biológica, cultural e fisiológica. É no avanço da wqnovas para sobreviver. É desta forma que nasce um paradigma biopsicossocial, no qual os condicionamentos genéticos e ambientais condicionam, por sua vez, a percepção e a evolução dos valores como em um circuito cibernético. Mesmo ampliando as discussões, a preocupação com os problemas mais globais não conseguiu ter o alcance que teve a preocupação com os problemas clínicos. Isso ocorreu, sem dúvida, pela falta de desenvolvimento daquilo que Potter denominou de “ética geral”. Entre os vários fatores que impediram esse desenvolvimento encontra-se o fato dele não ter conseguido institucionalizar o diálogo bioético, fundamentar adequadamente a Bioética como uma disciplina e apresentar, de forma convincente, sua teoria explicativa da interação cibernética entre meio ambiente e adaptação cultural, na construção de um sistema de valores orientados para a sobrevivência da humanidade. Dentro desta compreensão Beauchamp e Childress publicam a obra The principles of biomedicalethics, que marcará profundamente a segunda fase histórica da Bioética, que vai de 1978 a 1997, que discutia as questões morais sob a orientação de quatro princípios básicos, dois de ordem teleológica e outros dois de ordem deontológica. Os princípios de ordem teleológica (beneficência e respeito à autonomia) apontam para os fins aos quais os atos médicos devem estar orientados. Já os princípios de ordem deontológica (não-maleficência e justiça) indicam os deveres que o médico deve assumir no cuidado com o paciente.