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ESTRONGILOIDÍASE GRAVE — RELATO DE UM CASO*
Donald
Huggins**
O a u to r d escre ve u m caso de estrongiloiãíase g rave com sín ã ro m e de m á absorção, alterações “tu b u lifo rm es” das alças je ju n a is, com pre sen ça de n um erosas larvas rabditóiães nas fezes e filarióides de Strongyloides stercoralis no esputo, o qual curou-se do p o n to - d e - v is t a clínico, la boratorial e radiológico após t r a t a m e n to específico com T hiábendazol.
INTRODUÇÃO
A estrongiloidíase, tam bém d en om in a da anguilulose, é um a p arasitose in te stin a l d eterm in ada pelo S tro ngyloid es ste rc o r a lis, p a rasita descoberto por N orm and (64) n as fezes e em n ecropsias de soldados da tropa colonial fran cesa, sediados em Conch in ch in a e portadores de diarréia in con trolável. Cinco soldados faleceram e n a necropsia foram os h elm in tos encontrados n a m ucosa gástrica, duodenal, jeju n al, nos ca n a is p an creáticos e biliares. Os verm es foram rem etidos ao p arasitologista B avay
(12) que d en om in ou -os de Anguillula s te r coralis — para a espécie procedente das fezes e de Anguillula in testin a lis para a obtida da parede in testin al.
No ano segu in te, N orm and (65) atribui aos referidos verm es — Anguillula ste rc o ralis e Anguillula in testin alis, papel etio lógico n a en tão ch am ad a “diarréia da Conc h in c h in a ”. E n tretan to, diversos p arasitolo g ista s de renom e n a época p un ham em
dúvida o p apel p atogênico do nem atódio e con sid eravam -n o com o um “in ocente com en sa l” — “h arm less g u est”.
Em 1882,
L euckart (52) verificou que as duas fo r m as p arasitárias — Anguillula stercoralis e Anguillula in testin a lis eram id ên ticas e p erten cen tes a u m a ú nica espécie, co n s titu in d o ap en as p artes separadas de um m esm o ciclo evolutivo h eterogônico — um a fase de vida livre — b issexuada, e outra de vid a parasitária — p arten ogên etica, d e n om