05 Forças de porter e o modelo delta
Não há na teoria da estratégia, concepção mais estudada e criticada do que a de Michael E. Porter. Primeiramente, porque o autor defendeu a necessidade da escolha de uma única posição estratégica pela empresa (trade-off). Declarou que a empresa deve optar por uma das três estratégias genéricas (liderança custo total, diferenciação e enfoque) - “consequentemente, o compromisso contínuo com uma das estratégias como alvo primário é geral mente necessário para que o sucesso venha a ser atingido” (PORTER, 1986, p.54). A consequência para as empresas que optaram pelo meio termo é a baixa rentabilidade, ressalta o autor.
O modelo de análise competitiva porteriano baseia-se nas cinco forças no ambiente de uma organização que influenciam a concorrência: ameaças de novos entrantes, poder de barganha dos fornecedores da empresa, poder de barganha dos clientes da empresa, ameaça de produtos substitutos e intensidade da rivalidade entre empresas concorrentes (MINTZBERG, 2000, p. 81- 82).
As cinco forças determinam o grau de concorrência em uma indústria e também influenciam o retorno sobre os investimentos realizados pelas empresas, por isso têm uma elevada importância no processo de definição de estratégias. Todas estão presentes, e ao mesmo tempo em que influenciam, são influenciadas por todas as empresas da indústria. A empresa que identificar as origens de tais forças e influenciá-las em seu favor alcançará melhores posições no setor, consequentemente maiores retornos. Para defender sua posição contra os concorrentes e influenciar as forças competitivas a seu favor, a empresa dispõe da aplicação de uma das três abordagens estratégicas genéricas de Porter (PISCOPO e OLIVEIRA JÚNIOR, 2003, p.5).
A estratégia de liderança no custo total objetiva alcançar o menor custo possível por meio da utilização de políticas e processos que norteiem a empresa para suas atividades fins. Para a sua efetividade, faz-se necessário que a