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O paciente deve assumir o pânico como instrumento de defesa para chegar a cura rapidamente
"De repente, começo a sentir angústia, palpitações, pressão no peito, falta de ar, as mãos ficam geladas, uma sensação de descontrole. A morte parece iminente". O médico acupunturista, Gabor Tomas Fonai, explica que o depoimento é de mais um dos milhares de pacientes que sofrem deste mal contemporâneo, chamado síndrome do pânico. Ele revela que, somente em seu consultório, 2% dos pacientes se tratam da síndrome.
Fonai explica que pânico é um termo de origem grega. Segundo a mitologia, existia um deus chamado Pã, que aterrorizava as pessoas. Era o deus dos pastores e dos rebanhos. Filho de Hermes e Driope, seu corpo, era metade homem e metade bode. Quando ele nasceu, a própria mãe teve medo e rejeitou o filho. Entregou ao pai que levou o "bebê" para o Olimpo. Pã era dotado de um espírito fálico e sexualidade insaciável."Seu nome significa O GRANDE TODO". É importante saber que ele não é bom nem mau. Um deus que, apesar de feio, é carregado de energia e vitalidade.
Durante a terapia, o paciente deve assumir o pânico como mecanismo de defesa do organismo para conseguir a cura", ensina Fonai. A síndrome se caracteriza por um período de medo, desconforto, que começa subitamente, com pico em 10 minutos, podendo durar entre 1 a 2 horas, até 4 horas Uma sensação de perigo iminente e grande ansiedade para fugir a estas sensações, completam o quadro. O médico afirma que para se caracterizar o pânico em diagnóstico, é preciso que pelo menos 4 sintomas dos 13 conhecidos estejam presentes. São palpitações, dor ou desconforto toráxico, sudorese, náuseas ou desconforto abdominal, tremores, tonturas ou vertigens, dispnéia, despersonalização, sensação de asfixia, medo de perder o controle ou enlouquecer, medo de morrer, parestesias ou formigamentos nas extremidades e calafrios ou ondas de calor.
O diagnóstico é feito sempre mediante o quadro clínico apresentado. Mas,