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13544 palavras 55 páginas
INTRODUÇÃO
O problema das múltiplas exigências que o futebol impõe aos jogadores deve preceder às demais explanações, pois são exatamente tais exigências que se abatem sobre os que querem aprender o futebol, naturalmente de uma forma mais branda, no começo.
Em numerosos planos de ensino, tenta-se escapar destas dificuldades, que, como mostra a experiência, se abatem sobre todos os principiantes que começam a jogar sem o devido preparo. Certas jogadas e lances mais difíceis são exercícios mais intensamente, isolados do conjunto do jogo, criando assim apressadamente condições para se poder participar de um jogo verdadeiro. Acentua-se então que quem pretende ser jogador de futebol tem que saber pelo menos chutar a bola. Deve também saber as formas básicas da driblagem e dominar a técnica de parar a bola. Mesmo as manobras táticas de isolar, de cobrir e da corrida livre, são treinadas antes de o aprendiz ter noções mais claras sobre o conjunto do jogo.
O planejamento não é uma oportunidade para renovar expectativas que serão frustradas. Pensamos no planejamento como uma prática reflexiva contínua, em que o professor reflete sobre a aula que deu, o ontem, o hoje e o amanhã. Planejar é um trabalho no presente, mas o que nos prepara para o futuro que queremos fazer acontecer. (Rosseto Júnior, 1969, pág. 30).
As consideráveis desvantagens de tal divisão, nós apenas percebemos se olharmos com os olhos dos alunos o ensino do futebol baseado nesta estrutura. Aos alunos, passa em geral despercebidos sentido dos exercícios artificialmente preparados, exercícios estes que só seriam compreendidos dentro do jogo como um todo. O aluno não terá a visão do conjunto, exatamente por lhe faltar a experiência necessária.
As diversas formas de treinamento oferecidas pelo futebol, olhadas separadamente, parecem enfadonhas, contrastando com o verdadeiro jogo de futebol que tanto emociona os jovens. O quadro complexo e eletrizante do jogo se reduziu a lances avulsos que não dão mais a

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