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Pobreza e Desigualdade Social
Misérias e desigualdades marcam a história de muitos países e de milhões de pessoas há séculos. Resolver o problema é o desafio dos governos desses lugares. No entanto, não é tão simples quanto parece. São diversos fatores que determinam a condição social da maioria da população que não tem condições de sobrevivência.
Muitos estudiosos acreditam que a partir do capitalismo, a desigualdade tornou-se mais evidente. “A pobreza acentuou-se no século XVI com a dissolução do mundo feudal e o surgimento do capitalismo. Houve uma expulsão dos camponeses das terras que lhes forneciam meios para subsistência e essas pessoas não tiveram como reproduzir sua vida e começaram a viver de ajuda e caridade alheia”, afirma o professor Ricardo Musse, doutor em Filosofia da Universidade de São Paulo.
Nesse sentido, um dos importantes nomes da história na discussão do problema é o filósofo Karl Marx (1818-1883), que interpreta a miséria como um instrumento utilizado pelas classes dominantes. Para ele, a desigualdade é resultado da divisão de classes – entre aqueles que detêm os meios de produção e os trabalhadores, que só têm a força de trabalho para garantir a sobrevivência. “Como Marx mostrou, para que esse sistema funcione é necessária a existência de trabalhadores desprovidos dos meios de produção. A desigualdade, portanto, depende do modo como a sociedade organiza a produção e a distribuição dos bens que consome”, declara Musse.
A má distribuição da renda é uma das principais causas da pobreza em muitos lugares do mundo. A doutora em Antropologia, Márcia Anita Sprandel, autora do livro “A Pobreza no Paraíso Tropical”, avalia que não basta o País ter um alto crescimento econômico se não houver repartição das riquezas de forma justa. “Um modelo concentrador de rendas, terras e dilapidador dos recursos naturais, provavelmente, aumentará o abismo entre ricos e pobres.”
A economista da Unicamp Wilnês Henrique concorda que é preciso aliar crescimento

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