04 Idade M dia II
O
largo período que vai da queda do
Império
Romano, entre os séculos V e VI (o último imperador romano morre em 476), ao final do século XV, época do início das grandes navegações, delimita o que se conhece como Idade
Média.
É
vantajoso estudar-se o período dividindo-o em duas épocas. A primeira preside às mudanças radicais no estilo de vida europeu com o desaparecimento de cidades e a acentuada ruralização. Muitas das práticas romanas são esquecidas e a Europa entra em período de menor fervor cultural. O poder político pulveriza-se ao mesmo tempo em que, lentamente, vão-se consolidando as instituições medievais. Essa etapa vai até o ano de 1200 e corresponde também ao apogeu da civilização islâmica.
Enquanto a Europa mergulha na Idade das Trevas, os povos árabes conquistam um grande império, que em 730 incorpora desde a Espanha e o sudoeste da
França, passando pelo norte da África e o Oriente
Médio, até as longínquas fronteiras da Índia e da China
O Império Islâmico destaca-se pelo seu refinado padrão de vida e pela sua cultura, onde se valorizavam a literatura, a ciência, a medicina e a filosofia.
Sabemos que os árabes travaram contato com diversos povos, conheceram a sabedoria hindu, preservaram e desenvolveram o conhecimento grego em Matemática, Física, Química e Astronomia.
É
possível que eles tenham tido um papel no desenvolvimento do pensamento econômico, mas pouco se sabe a esse respeito. Há, de fato, uma carência de estudo neste assunto.
A relevância dos árabes nas idéias econômicas começa com a grande contribuição que foi o sistema de números inventado por eles. Os números arábicos facilitaram as tarefas aritméticas e certamente impulsionaram os processos de contabilização econômica e o desenvolvimento de uma primitiva Econometria.
... embora eles soubessem das reflexões de
Aristóteles
sobre o valor dos bens.
O mais importante, para nossos propósitos, foi os árabes terem preservado e traduzido os clássicos