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13 páginas
A Nova Geopolítica Russa e o EurasianismoDanilo Rogerio de Sousa1
Resumo
O movimento eurasiano acompanha a reemergência da Rússia enquanto ator geopolítico que busca um novo ordenamento das relações internacionais. Esse novo pensamento geopolítico russo valoriza o fortalecimento do Estado Russo e a ampliação de sua área de influência, sobretudo no que se denomina de
Eurásia, demonstrando assim o deslocamento geográfico da antiga área de influência soviética – o então Leste Europeu – para a Ásia Central.
Palavras-chave: Rússia; Eurasianismo; Ásia Central.
Introdução
Com o final da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), de sua ideologia comunista e de seu respectivo espaço geopolítico de influência, a
Rússia precisou reposicionar-se no cenário geopolítico de uma maneira distinta, uma vez que antigos aliados estavam, agora, sob a esfera geopolítica da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Com exceção da
Bielorússia e da Ucrânia (esta última devido a um receio de uma divisão do país, uma vez que a porção oriental é composta por grande população russófona), os demais países que compunham o antigo “Leste Europeu”, estavam, agora, sob o domínio da Aliança Ocidental.
Entretanto, após o que chamamos de “vácuo geopolítico” – o período que vai do colapso da URSS, em 1991, até a eleição de Vladímir Putin, em
1999 – a Rússia voltou ao cenário geopolítico internacional, desta vez, com pretensões e propostas bastante distintas daquelas do Império Soviético. Tais ideais só ganharam corpo após a subida ao poder de Vladímir Putin e continuaram com o presidente Dmitri Medvedev.
Esse novo pensamento geopolítico russo valoriza o fortalecimento do
Estado Russo e a ampliação de sua área de influência, sobretudo no que se denomina de Eurásia, demonstrando assim o deslocamento geográfico da antiga área de influência soviética – o Leste Europeu – para a Ásia Central. O crescimento dos laços russos com os países da Ásia Central