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O conceito de venda é tão antigo e universal quanto as relações entre os seres humanos. Das simples trocas de mercadorias às avançadas técnicas de persuasão do comprador, percorreu-se um longo caminho. Atualmente, o mero ato de vender depende de uma série de fatores, como o local e a circunstância na qual a negociação ocorre e o tipo de relação estabelecida entre o cliente e vendedor. Tal variedade de referenciais torna a atividade complexa e fascinante. Cabe, portanto, que para desempenhar o papel de um bom executivo, é necessário ser aquele individuo que tem bastante discernimento para escolher pessoas que façam o que ele quer que seja feito e suficiente autocontrole para não interferir enquanto elas o estão realizando. Além, de praticar parâmetros ou estabelecidos pela própria “teoria administrativa”.
1. DESENVOLVIMENTO
A primeira reflexão é de ordem estrutural. Marketing pode ser dividido em duas partes: market (mercado) + ing (sufixo de gerúndio, que exprime ação na língua inglesa). Ou seja, marketing é agir no mercado. Mercado quer dizer um conjunto de seres humanos dispostos a comprar / usar bens ou serviços. Várias empresas conhecidas não agem no mercado, mal se adaptam ao mercado. Na realidade reagem ao mercado.
A segunda questão é que a maioria dos livros e autores de marketing apresentam que marketing é satisfazer e encantar as necessidades e desejos dos consumidores. Ora, então se for só isso, o objetivo de marketing é questionável. Por exemplo, se um governante perguntar a um pobre do interior o que ele quer para refeição, ele dirá: - uma rapadura e um feijão está bom. Se o governante der exatamente isto, ele estará satisfazendo as necessidades e desejos do consumidor. Mas pergunta-se, adiantou? Desenvolveu? Acabou com o ciclo da pobreza? Claro que não, pois a visão de mundo, ou pelo menos de humildade, daquele pobre coitado é dizer rapadura e feijão. E não se pode afirmar que a Pesquisa de Mercado resolve. Essa pode ser falha.