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3600 palavras 15 páginas
Acidente vascular encefálico: comprometimento motor dos membros inferiores e alterações na marcha

Introdução O acidente vascular encefálico (AVE) é a doença vascular que mais acomete o sistema nervoso central, apresentando-se como a segunda principal causa de morte, com importante impacto na saúde pública, sendo a principal causa de incapacidades físicas e cognitivas em países desenvolvidos e em desenvolvimento (DOYLE, 2002; LESSA, 1999; NATIONAL STROKE ASSOCIATION, 2008). Danos residuais motores, sensitivos e cognitivos compõem as conseqüências do AVE no organismo, além de uma diminuição na capacidade de suportar esforços, sendo que os principais problemas relatados são o confinamento, imobilidade, perda de habilidades funcionais em função de déficit motor, e freqüentemente, comorbidades metabólicas e cardiovasculares. A diminuição da habilidade de deambulação é um dos muitos problemas funcionais em pacientes com hemiplegia ou hemiparesia, bem como uma das principais queixas apresentadas por eles, e está relacionada às alterações do controle voluntário do membro, integridade da propriocepção, do equilíbrio, do tônus postural e de movimento (MOTA, 2001; COELHO, 2004). Considerando que o AVE representa um grande problema de saúde pública tanto em países desenvolvidos como países em desenvolvimento, este estudo tem como objetivo relatar os principais comprometimentos motores e funcionais de indivíduos acometidos por AVE, além dos problemas de marcha nestes indivíduos. Os estudos selecionados para compor esta revisão foram obtidos junto as bases de dados eletrônicas ScienceDirect, Springerlink, Pubmed, Wiley InterScience e SPORTDiscus, além de livros com textos clássicos.
Considerações gerais sobre o AVE Pode-se definir o AVE como um déficit neurológico focal causado por uma alteração da circulação cerebral. Este termo evoluiu nas últimas décadas para incluir lesões causadas por distúrbios hemodinâmicos e da coagulação, mesmo que não se tenha

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