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1871 palavras 8 páginas
Teorias psicanaliticas
Pulsões de autoconservação e sexuais; princípio do prazer e princípio da realidade; ego, segunda tópica, pulsão de vida e pulsão de morte.

1. O conceito de pulsão (fonte: Mezan)
O período que vai de 1905 até 1920 é considerado aquele em que a produção intelectual de Freud atinge seu apogeu. Ernest Jones contou 75 textos publicados neste período, que constituem uma unidade articulada em torno de um conceito fundamental: o conceito de pulsão. Esta concepção é original e é profundamente diferente da noção de “instinto”. Para se referir ao conceito de pulsão, Freud utiliza o termo Trieb, e não o termo Instinkt (instinto), ao qual se referiu apenas três vezes, e que para ele, denota um comportamento animal fixado hereditariamente e manifestado de maneira relativamente invariável em todos os indivíduos da mesma espécie. Como já vimos anteriormente, a sexualidade não pode ser concebida nesses moldes, pois as perversões e o conceito de escolha do objeto só são inteligíveis à luz de uma separação nítida entre o impulso e aquilo que o satisfaz. A contingência do objeto e a plasticidade das formas de realização são precisamente aquilo que distingue o homem dos outros animais e que, o mesmo tempo, anula as diferenças de natureza entre o normal e o patológico. É esta ruptura do conceito de instinto que conduz às noções de pulsão parcial e zonas erógenas, sem as quais seria impossível compreender o que Freud designa por “sexualidade”.
Por outro lado, embora calcado sobre o paradigma do sexual, o conceito de pulsão não se restringe a esta esfera, pois, como vimos anteriormente, a sexualidade se apóia sobre as funções orgânicas da nutrição e da excreção.

2. A dualidade das pulsões: as pulsões de conservação e as pulsões sexuais
É aqui que Freud vai postular a dualidade das pulsões: diferenciando as pulsões de conservação das pulsões sexuais. Nós já vimos nas aulas anteriores que a repressão atuava transformando algo que inicialmente poderia

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