Mestrando

perceber que para o médico Erixímaco deve-se buscar harmonia entre o corpo e o intelecto, ou seja, devemos amar belos corpos, mas também devemos amar a sabedoria e harmonizar para assim encontrar o verdadeiro Amor. Como exemplo citamos o diálogo Gorgias onde Platão defende que a arte da culinária quando se ocupa apenas com o paladar sem se preocupar se os alimentos são benéficos para o corpo, implica claramente na falta de harmonia porque para que haja Amor é preciso harmonizar paladar com qualidade do alimento. Pois de novo revém a mesma idéia, que aos homens moderados, e para que mais moderados se tornem os que ainda não sejam, deve-se aquiescer e conservar o seu amor, que é o belo, o celestial, o Amor da musa Urânia; o outro, o de Políminia, é o popular, que com precaução se deve trazer àqueles a quem se traz, a fim de que se colha o seu prazer sem que nenhuma intemperança ele suscite, tal como em nossa arte é uma importante tarefa o servir-se convenientemente dos apetites da arte culinária, de modo a que sem doença se colha o seu prazer. (187e) E Erixímaco ainda comenta sobre o poder do Amor moderado que, em todas as suas manifestações, promove a amizade entre deuses e homens ajudando aos homens a obterem justiça e piedade dos deuses. E ainda mais, não só todos os sacrifícios, como também os casos a que preside a arte divinatória — e estes são os que constituem o comércio recíproco dos deuses e dos homens — sobre nada mais versam senão sobre a…