“CONTAR, RECONTAR E CRIAR.”

JUSTIFICATIVA
No ano letivo de 2012 fui, por algum tempo, auxiliar de sala dessa turma para a qual hoje leciono (ano letivo de 2013). Eu costumava com frequência contar histórias para eles, mas como na época eles tinham entre 18 e 26 meses de idade, eu não me apegava a livros, contava história sem usar artefato nenhum, apenas formávamos uma roda. Eles amavam!
Em uma dessas histórias utilizei fantoches dos personagens da história dos Três Porquinhos e comecei nossa história. Durante o desenvolvimento fui dando abertura para que eles me ajudassem a contá-la. Por ser uma história conhecida, essa troca de ideias foi bem rica. Nessa nossa história, criamos o perfil dos nossos personagens. O porquinho que construiu a casinha de palha, nós o chamamos de “porquinho mais novo” e ele conseguiu construir apenas uma casinha de palha, pois gastou a maior parte do seu dinheiro em doces e só queria saber de brincar. O porquinho que construiu a casinha de madeira, nós o chamamos de “porquinho do meio” e sua casinha foi de madeira, porque foi o material que ele conseguiu comprar com o resto do seu dinheiro, afinal, ele já havia gasto metade em uma viola; ele amava cantar. O porquinho da casinha de tijolos, nós o nomeamos de “porquinho mais velho”, ele era o mais responsável, o mais esperto; com o dinheiro que recebeu de sua mãe ele comprou o melhor material que existia,e enquanto seus irmãosbrincavam e cantavam, ele se esforçou e construiu sua linda casinha.
Essa história ficou fixada na memória das crianças e toda vez que eu retomava a história dos Três Porquinhos, se eu me esquecesse e distorcesse algo, eles me corrigiam, e quando usávamos livros, eles me diziam que eu estava contando errado, pois cada livro trazia algo diferente.
O tempo passou e neste ano de 2.013 assumi a sala, e nossas rodas de histórias continuaram. Pude observar que, com frequência, eles pediam que eu contasse a história dos Três Porquinhos e que essa história precisava ser sempre a mesma, com os mesmos