Ética
UFCD 5 – RA 2
A consciência moral
A consciência é a “voz do juiz interior ” (Kant) É a voz interior, que provém da Razão
- dita a lei moral (papel normativo: como deveremos agir); e
- aplica a sentença (papel crítico: procura impedir as acções inadequadas e condena os maus actos).
É uma espécie de tribunal da Razão, em que cada um de nós é, simultaneamente, JUIZ e RÉU, pois julgamos interiormente as ações de que fomos autores e atores.
Um dilema moral
Uma pessoa querida, com uma doença terminal, está viva apenas porque o seu corpo está ligado a máquinas que lhe permitem sobreviver. As suas dores são insuportáveis, pelo que tem de estar constantemente drogada.
Inconsciente, geme no sofrimento. Os médicos não podem curá-la.
É bom manter uma pessoa drogada para não sofrer?
É bom o uso de um suporte artificial de vida?
É legítimo prolongar a vida quando a doença é incurável?
Será preferível deixar a doença seguir o seu rumo?
Não seria melhor ajudar a pessoa a morrer?
É legítimo praticar a eutanásia se o doente a desejar?
Como agir? Qual é a decisão correcta?
Outro dilema moral
Imaginemos que um grupo de terroristas se apodera de u em Lisboa. Os seus passageiros e tripulantes ficam reféns. Contudo, os terroristas propõem libertá-los se um cidadão local que eles consideram envolvido em actividades antiterroristas lhes for entregue para ser morto. Se as autoridades da cidade não colaborarem ameaçam fazer explodir o aparelho com todas as pessoas lá dentro.
As autoridades locais sabem que o cidadão em causa não cometeu o menor crime durante a sua vida e que os terroristas estão enganados pois não participou na morte de membros do grupo que agora dele se quer vingar. Não obstante, sabem que será vã a tentativa de convencer os terroristas de que estão enganados. Após longa deliberação,