Ética
O fenômeno moral é tão antigo quanto a história da humanidade. A prova mais antiga de sua presença são As máximas de Ptahotep (cerca de 2500 a.C.). Essa prova reúne aforismos que Ptahotep, ministro de um faraó, compôs para orientar a educação do filho, aconselhando-o a ser leal, tolerante, bondoso e, acima de tudo, reto e justo.
Mas o que é moral? O que é ética? Qual a diferença entre as duas? A moral é relativa?
Essas e outras questões importantes você vai estudar neste capítulo, começando pela consciência.
I - O HOMEM, UM SER CONSCIENTE
O termo consciência é de uso freqüente na linguagem diária. Vejamos o que ele significa nas situações seguintes:
- Paulo perdeu a consciência.
- Paulo agiu de acordo com a sua consciência.
O que significa “perder a consciência”?
Perder a consciência é perder o sentimento da existência de nós mesmo e do mundo. Quando estamos despertos, esse sentimento acompanha todos os nossos atos. Trata-se da consciência psicológica, que é o conhecimento de nós mesmos: temos consciência de existir, temos consciência de nossos estados psíquicos, de nossas lembranças e sentimentos. Temos também consciência de que há livros sobre a mesa, de que o dia está chuvoso ou ensolarado. Portanto, a consciência psicológica revela, pois, quem somos, o que fazemos e que mundo nos rodeia.
Na segunda situação, (“agir de acordo com sua consciência”), trata-se da consciência moral, aquele pensamento interior que nos orienta, de maneira pessoal, sobre o que devemos fazer em determinada situação. /antes da ação, a consciência moral emite seu juízo como uma voz que aconselha ou proíbe. Após a realização da ação, a consciência moral se manifesta como um sentimento de satisfação (força recompensadora)