Ética e Felicidae
No dicionário, se define felicidade como “sensação real de satisfação plena”. Isso nos leva a pensar: como alcançar esse tipo de satisfação? Como saber se tal sentimento é real? A filosofia nos faz entender que o modo é simples, porém precisa ser exercitado.
Na filosofia, a felicidade pode ser alcançada através da ética. A ética é compreendida como o estudo do comportamento e dos valores humanos. Ética é não estar preocupado com a reputação, mas sim com o caráter. É ser espontâneo, generoso e fraterno. Uma vida baseada na ética significa que a pessoa escolheu seus valores, determinou sua filosofia de vida e a compreensão do mundo e de si mesmo. Toda ato cometido e escolha feita é integrada a esse conjunto de valores. Entendemos assim, que para ser feliz, finalidade da reflexão ética, o ser humano deve conhecer e aceitar a verdade.
Pode-se afirmar que, para Aristóteles, a felicidade é o resultado do saber viver. Entendendo a ética como a arte de viver, o resultado desse viver será a felicidade. A felicidade é o estado de espírito que aspira o homem e para isso é necessário tanto bens materiais como espirituais. Porém, é preciso o autocontrole. Assim, o homem deve ser o senhor e mestre dos seus desejos e não escravos destes.
Aristóteles entendia a felicidade não como um estado de espírito e sim como a plenitude, a realização do ser. A felicidade é um fim, o bem que todo homem busca. A finalidade da vida. A felicidade não consiste em bens materiais, embora sejam indispensáveis como base para uma vida feliz. O homem por ser racional vive segundo uma sabedoria através da qual possamos compreender as coisas, nos situarmos frente a elas e poder agir de forma justa. Ser racional significa viver segundo a razão. Porém, não basta apenas conhecer as virtudes, é preciso praticá-las, ser bom e promover o bem. As virtudes morais são um produto do hábito, da repetição de atos, na relação com outras pessoas. É assim que nos tornamos bons ou não. A