Área de Livre Comércio das Américas
O comércio mundial vem se estruturando em grande parte por meio de blocos econômicos regionais. O Mercosul ganhou força com a adesão do Chile, da Bolívia e do Peru em caráter dos países associados.
Tal articulação regional em torno do Mercosul tem posto em xeque a influência dos Estados Unidos na América do Sul, sobretudo no que diz respeito às intenções de Washington de criar uma área de livre comércio para o continente americano, a Alca.
A criação da Alca traria grandes problemas econômicos à região, principalmente ao Brasil, pois nos EUA há empresas que dispõem de tecnologia, organização, escala de produção, redes de comercialização, marcas, etc. consideravelmente superiores às brasileiras, essa superioridade afetaria o sistema produtivo brasileiro de forma negativa, especialmente nos setores em que as empresas estadunidenses estão nas vanguardas, como o de bens de capital, o de componentes eletrônicos, o de software e o de informática. A economia brasileira estaria fadada à condição de economia agrícola ou agroindustrial e produtora de bens industriais leves ou tradicionais.
Apesar das limitações e das desvantagens que a Alca pode trazer para o Brasil, há quem defenda a adesão do país e esse acordo, argumentando que, se o Brasil não participar desse bloco econômico regional, ficará isolado e perderá poder da negociação com outros mercados internacionais. Esse pressuposto não procede, pois uma área de livre comércio pode favorecer as trocas comercias, mas não é o único responsável pela expansão do comércio internacional. Potências econômicas, como os Estados Unidos, UE, a China e o Japão, não estão vinculados a acordos de livre comércio, mas mantêm fortes e crescentes trocas comerciais.
Além das discussões em torno do fortalecimento ou do enfraquecimento da economia brasileira, alguns estudiosos destacam outros pontos que seriam afetados negativamente pela criação da Alca, como o meio ambiente.
A Alca é considerada