água bem importante
Das cidades paulistas Itu é a que talvez viva a situação mais grave e urgente, pois lá o racionamento começou há meses. Ali do lado, a populosa capital do estado vai chegar a este ponto? A que distância estamos de uma catástrofe ambiental-urbana de grandes proporções? E, principalmente, o que pode ser feito desde já e para o futuro?
Não sou especialista no assunto, mas olhando de longe parece que explicar a falta de água em São Paulo é como explicar acidente de avião: a “culpa” é sempre de um conjunto de fatores. Pelo que leio, a questão passa por macro problemas ambientais, como o desflorestamento ao longo da bacia hidrográfica da Cantareira, de gestão da coisa pública (perda de água via vazamentos na rede de distribuição + não tratamento do esgoto), até, é claro, pela própria estiagem. Isso para não mencionar o “aquecimento global” e outras coisas horripilantes do gênero.
Esses problemas somados fazem da experiência paulista – na qual a população se vê forçada a mudar sua relação com a água na vida cotidiana – uma possível avant-première do que virá por aí em muitas metrópoles brasileiras. SP está mais para regra do que exceção; SP parece dizer ao país neste momento: eu sou você amanhã.
Moro no Rio (onde também falta água em muitas localidades) e fiquei sabendo do drama de Itu porque tenho um amigo que mora lá. Telefonei – antes das chuvas, é verdade, que se dão um conforto psicológico não eliminam o problema de longo prazo — para mandar um ‘oi’ e ele disse que as coisas estavam