O urbanismo romano, harouel, j. l.
1811 palavras
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A historia romana se desenvolve por mais de um milênio, desde a Roma primitiva até as prestigiosas realizações urbanas no final da República e o Império. É nos dois primeiros séculos de nossa era que as cidades romanas atingem seu apogeu, como testemunha ainda em nossos dias, dentre tantos outros exemplos, as ruínas de Óstia, Herculano e Pompéia e os restos de formações urbanas tais como Timgad, Léptis Magna ou Sabrata. E então nós encontramos um urbanismo romano que chega a seu pleno desenvolvimento e que conhece seus maiores sucessos em matéria de qualidade de vida não na enorme Roma mas nas cidades provincianas que não ultrapassam algumas dezenas de milhares de habitantes. Dentre os grandes princípios do urbanismo romano encontramos: - O rito de fundação das cidades, pois fundar uma cidade é para os romanos um ato sagrado que é marcado pela observação de um ritual arcaico tomado de empréstimo aos etruscos. Ele se compõe de três fases onde a primeira é realizado um agouro destinado a se assegurar de que os deuses não se opõe a criação da cidade; depois vem a orientatio, que é determinar os dois grandes eixos da cidade, suas duas ruas principais, que se cruzam em ângulo reto, são o decumanus (leste-oeste) e o cardo (norte-sul); o fundador procede então à limitatio, traçando com um arado um sulco na terra que ele interrompe nos locais previstos para as portas, criando assim, uma linha de proteção mágica (pomerium) da qual as divindades infernais impedem a transposição e aquém da qual será construída a muralha; a ultima operação é a consagração, pela qual a cidade se encontra sob proteção dos deuses. - O plano das cidades romanas, caracterizado pelo emprego sistemático do traçado ortogonal, o que corresponde a preocupação não mais religiosa mas pratica. A cidade típica dos romanos, resultante da numerosas fundações urbanas do final do período republicano e do Alto Império, adquire a forma de um quadrado ou um retângulo do qual o decumanus e o cardo