O TOCADOR DE PIFANO
1051 palavras
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O TOCADOR DE PIFANO - IMPRESSIONISMOManet apresenta um menino humilde, que parece ser um pouco manco, vestido com o mesmo uniforme usado pelos filhos dos oficiais da Guarda Imperial de Napoelão III, que também usavam calças vermelhas com listras laterais pretas, jaquetas pretas com botões dourados, uma faixa branca na cintura, além do boné. Manet o pintou em tamanho grande, o que gerou escândalos numa época em que as pinturas em formato grande eram restritas às pinturas históricas ou de personalidades influentes.
O fundo do quadro é indistinto e indefinido. Interior e vasto, quase sem detalhes, a não ser a sombra que existe junto aos pés.
Os tons castanhos e acinzentados transmitem uma sensação de conforto. A omissão de linha divisória entre o chão e a parede desconcerta o observador, que imagina a figura do menino quase a boiar no espaço. A luz tem fonte num ponto exterior ao quadro, vindo da direita do observador.
OLYMPIA – IMPRESSIONISMO
A representação explícita do descanso de uma cortesã francesa era muito diferente de outras imagens que o artista fez para representar o ambiente social. Ainda que a imagem possa ser situada num contexto mais amplo de nus femininos e que a pose lembre a obra Vênus de Urbino, de Ticiano, Olympia causou muito escândalo devido ao seu caráter expressamente não alegórico e da representação de uma mulher sem roupa fora do conceito de nu clássico. Na arte do século XIX, os nus eram aceitáveis, desde que retratassem ninfas clássicas e figuras divinas. Enquanto nisso, Manet pintava Victorine Meurent, modelo e sua companheira, em um ambiente contemporâneo. A modelo aparece adornada com uma orquídea rosada no cabelo, joias e calçados que chamam a atenção para a sua nudez artificial e sua condição de cortesã. O chinelo solto é um símbolo da perda da inocência, assim como a orquídea é uma representação tradicional da sexualidade. Na obra, o pintor promove a ideia realista de que a arte pode retratar a vida cotidiana de uma forma