O Tempo de Hawking
À medida que a doença progredia e tornava cada vez mais difícil física e emocionalmente a vida de Stephen Hawking, crescia a importância da ajuda e da dedicação altruísta de sua esposa Jane. Severas limitações de movimento e o comprometimento contínuo de sua voz foram compensados por uma capacidade de memória, de concentração e de organização mental notáveis, além de insights brilhantes. Após suas teorias sobre o big bang e os buracos negros, a fama de Hawking cresceu e atraiu para Cambridge pesquisadores talentosos que se tornaram seus colaboradores.
No começo dos anos 70, Hawking deu outra contribuição que abalaria o meio científico. Segundo ele, logo após o big bang formaram-se vários mini buracos negros. Do tamanho de um fóton eles concentravam um bilhão de toneladas de matéria. Hawking explicou que por conta de sua enorme massa e gravidade, eles obedeciam às leis da gravidade, mas por causa de sua dimensão ínfima eles também estavam sujeitos às leis da mecânica quântica. Isso mostrava que essas leis frequentemente conflitantes poderiam ter coexistido. Assim, no futuro, seria possível desenvolver uma teoria que desse conta da física quântica e da relatividade. Ele começava a pensar sobre uma “Teoria de Tudo”.
Em 1979, Stephen Hawking foi nomeado Lucasian Professor de matemática em Cambridge, cátedra ocupada anteriormente por Isaac Newton. Ele completara mais de 15 anos convivendo com a doença e apesar de todas as limitações que ela impunha, ele e Jane procuravam participar frequentemente da vida social em Cambridge. Sua dedicação passou a ser em encontrar uma “Teoria de Tudo”, isto é, uma explicação definitiva, uma descrição unificada, um conjunto de equações que desse conta de todas as partículas elementares e de todas as interações físicas conhecidas no universo. Além disso, Hawking começou a ditar as ideias para um livro com linguagem acessível e que tornasse a cosmologia popular.
Enquanto trabalhava no