O telefonema
Acordei devagar, um celular tocava na escuridão do meio da noite… Tentei acha-lo, mas quando o peguei, ele parou de tocar. Olhei e tinha uma chamada perdida de minha irmã mais velha.
Melissa, minha irmã mais velha, tinha saído com minha mãe para uma janta, a qual era pra mim ir junto, porem acabei ficando em casa pois trabalharia cedo na manhã seguinte. Quando vi a ligação da Melissa fiquei preocupado, ela não costuma ligar durante a madrugada, retornei a ligação de Melissa e ninguém atendeu, tentei novamente mais quatro vezes e fiquei muito preocupado, não consegui mais dormir, não conseguia me destruir, então fui tomar café.
Se passaram umas duas horas e o meu celular tocou novamente, dessa vez era minha mãe, atendi e uma voz estranha falou:
— Olá, aqui é a Fran do Hospital Pompéia de Caxias do Sul, o seu nome foi o único que a senhora, dona deste celular falou antes de desmaiar. Agora já foi submetida a cirurgia, o que você é dela? - Falou Fran
— Oi, o que aconteceu? Como minha mãe foi parar no hospital? E minha irmã? - Respondi a Fran, com voz de choro.
— Sinto muito, elas se acidentaram de carro, sua irmã esta dormindo agora, já faz uns vinte minutos que saiu da sala de cirurgia - Respondeu Fran, com uma voz triste.
— Que bosta, não tenho como ir até o hospital, tem alguma coisa que posso fazer para ajudar? - Perguntei a Fran, muito preocupado com o ocorrido.
— No momento nada, só esperar e ver o que acontece com elas, assim que tiver mais notícias ligo, agora tenho que ir. Boa noite - Disse Fran e desligou o telefone.
Eu estava sozinho em casa, em choque, sem ter o que fazer, sem ter como ajudar, sem saber o que fazer, sem saber o que aconteceu e nem como isso foi acontecer, tentei ligar para um amigo, ele mora mais ou menos duas quadras da minha casa, quem sabe pode me ajudar, quem sabe até ir comigo para Caxias no hospital ver como elas estão. Meu amigo não atendeu, não sabia mais o que fazer, então esperei… Meu celular tocou