O renascimento: contexto
Universidade Federal de Goiás – Faculdade de Artes Visuais
Arquitetura e Urbanismo – 2º Período
História da Arquitetura I
Prof. Camilo Amaral
O Renascimento: Contexto
O Renascimento (pp. 67 – 93). Segundo Capítulo.
BRANDÃO, Carlos Antônio Leite. A Formação do homem moderno vista através da arquitetura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1999.
1. A ARCHÉ “Três características fundamentais que nos ajudarão a encontrar a arché do quattrocento: a utilização do repertório antropomórfico clássico, como capitéis coríntios e arquivoltas concêntricas; uma ênfase acentuada na centralização espacial, e a intensa utilização de relações geométricas construindo o ambiente e articulando os seus elementos. [...] As duas primeiras características traduzem um dos objetivos centrais do renascimento: enfatizar o homem e o mundo humano. A terceira enaltece a linguagem básica com a qual o arquiteto constrói o edifício: a utilização de relações geométrico-matemáticas e a racionalidade da composição. [...] O espaço se torna menos espiritualizado e mais intelectualizado. Um ideal de ordem geométrico, com valores antropocêntricos, concretizado no espaço e no tratamento plástico da matéria, parece sugerir um novo conceito de beleza e uma nova arché para o edifício renascentista, expressão de uma nova situação do homem diante do mundo, de Deus e de si mesmo”. (p. 67)
“A arquitetura do Renascimento permanece imitando a natureza, ainda é mímesis architecturale, e nela o arquiteto tenta tornar legíveis as leis que regem o cosmos. [...] A arché, a excelência da arquitetura, provém, portanto, da capacidade do edifício reenviar-nos ao mundo, à lei original da natureza, ao cosmos ordenado. [...] O homem renascentista imagina o seu universo em termos de número e constrói o edifício com base numa lógica geométrica. Sua arquitetura, para tornar visível a ordem cósmica, deve ser encarada como uma matemática, cujas leis acabam por definir um espaço homogêneo”.