O relativismo
- Protágoras parece assim valorizar um tipo de explicação do real a partir de seus aspectos fenomenais apenas, sem apelo a nenhum elemento externo ou transcendente. Isto é, as coisas são como nos parecem ser, como se mostram à nossa percepção sensorial, e não temos nenhum outro critério para decidir essa questão. Portanto, nosso conhecimento depende sempre das circunstâncias em que nos encontramos e pode, por isso mesmo, variar de acordo com a situação. Protágoras aproxima-se assim bastante dos mobilistas, de quem pode ter sofrido influência, e afasta-se da visão eleática de uma verdade única.
O relativismo é definido como a corrente que sustenta que as verdades, os valores, os costumes variam de época a época, de sociedade a sociedade e no interior de cada sociedade, de classe a classe, de grupo a grupo social, de etnia a etnia. Dizer, como os académicos mais editados internacionalmente, que «o relativismo coloca no mesmo plano todas as opiniões e valores e postula ser impossível hierarquizá-los em função do valor de verdade.
O relativismo, conforme exposto nos textos apresentados, entende que não existe uma verdade absoluta, e revela que o que se entendia como verdadeiro e indiscutível poderia carecer de valor em outras culturas, ou seja, se em um determinado país as pessoas acreditassem em uma coisa, em outro país as pessoas poderiam acreditar em outra coisa, portanto para os sofistas o conhecimento depende sempre das circunstâncias em