O reino milenar
Importante: O texto a seguir é de autoria do Rev. Leandro Lima.
No momento da vinda de Jesus, ele estabelecerá um reino de mil anos ou o reino eterno? Esse assunto divide os cristãos evangélicos. Nenhum assunto é tão controvertido em teologia do que o Milênio, e nenhum texto causa mais discussão do que Apocalipse 20.1-10. Entraremos nessa discussão acalorada, porém, não querendo aqui imprimir uma posição intransigente, e até quase fanática, sobre um assunto que diz respeito ao futuro, e do qual ninguém tem certeza absoluta. Há tanta controvérsia sobre este assunto que talvez não consigamos achar duas pessoas que pensem exatamente igual sobre a questão. Há tanta especulação também, que faz com que seja um dos assuntos mais ingratos a se tratar em escatologia. Trataremos do assunto como precisa ser tratado, ou seja, abordando as principais visões, e emitindo algumas opiniões sobre cada uma delas, e até mesmo assumindo uma posição. No entanto, entendemos que é um assunto que não deveria dividir os cristãos. No final, todos crêem que Jesus virá e estabelecerá um reino eterno. A esperança deste reino não deve diminuir, quer exista um reino intermediário, quer não.
Correntes Milenistas Há basicamente quatro posições em relação ao milênio. São elas: Amilenismo, Pós-Milenismo, Pré-Milenismo Histórico e Pré-Milenismo Dispensacionalista. O termo “Amilenismo”, como diz Hoekema, “não é muito feliz” 1, porque sugere que não exista um Milênio. Os amilenistas acreditam no milênio de Apocalipse 20, porém, não acham que diga respeito a um reino de mil anos literais que Cristo estabelecerá na terra depois da sua vinda. O Amilenismo entende que o milênio de Apocalipse 20 já está em atividade nesse momento, pois começou com a primeira vinda de Jesus e terminará na segunda vinda com a instauração dos novos céus e nova terra. Por isso, para o Amilenismo, o Milênio não é literal, mas espiritual. O Pós-Milenismo defende que o Milênio também é antes da segunda vinda,