o que é folclore

TEXTO: "O que é folclore", Carlos Rodrigues Brandão 

Nos capítulos "Um Búlgaro em Pirenópolis" e "Folk-Lore, Folklore, Folclore: Existe?" o autor discute o conceito de folclore. No primeiro capítulo ele trata o tema através de um ocorrido em uma pequena cidade de Goiás com um desenrolar de uma conversa com um búlgaro de forma sutil e leve a partir da Festa do Divino Espírito Santo. No segundo, respectivamente, o autor aborda o tema apresentando conceitos científicos e de autoridades com definições e divergências sobre a formulação do conceito do que é folclore.
Na conversa, folclore é apresentado através de uma descrição minuciosa da simplicidade do festejo, no qual ocorria a conversa, e a sobrevivência do povo búlgaro após várias tentativas de dominação por outros povos descritas pelo búlgaro, referiam-se as formas de se vestir, as canções, a alegria dos participantes, das comidas, dos adereços e decorações, os barulhos, as lendas, a relação que se estabelecia entre os integrantes, as crenças, etc. "A “alma de um povo”, como se diz às vezes, existia nas coisas mais simples, mais caseiras, mais antigas. Coisas da vida. Coisas do folclore?" (p.2), disse o autor. Através da troca de experiências, o búlgaro concluiu: “isso tudo que você me disse que aqui é folclore, lá na minha terra foi o que tivemos para não perdermos a unidade da nação e também um sentimento de identidade que não podia ser destruído”. Ele dizia: “Eu acho que durante muitos e muitos anos as nossas bandeiras eram as saias das mulheres do campo e os hinos eram canções de ninar” (p.3).
No capítulo "Folk-Lore, Folklore, Folclore: Existe?" o autor aborda diferentemente o tema. Começa apontando para algumas definições de alguns sujeitos que não são detentores de conhecimento formal acerca deste tema. "Na cabeça de alguns, folclore é tudo o que homem do povo faz e reproduz como tradição. Na de outros, é só uma pequena parte das tradições populares. Na cabeça de uns, o domínio do que é folclore é tão