O processo de urbanização em Brasília
A experiência desses estudos possibilitou que urbanistas, geógrafos, economistas, arquitetos, estatísticos, sociólogos e outros, a abordagens inter e multidisciplinar abrangente do processo de urbanização. O mapa do DF resultante desse processo apresenta núcleos urbanos esparsos, pontualizados no território, pelos diversos governos, desde os anos 1960. De início, os núcleos destinavam-se ao atendimento de moradia para trabalhadores, funcionários públicos, comerciários. Os núcleos receberam a denominação de cidades-satélites. Por fim, também disseminados no território, encontram-se os condomínios, muitos deles irregulares ou ilegais por ocuparem áreas griladas antes devotadas à preservação ambiental. Pode-se afirmar, portanto, que o DF possui uma constelação urbana fixa e conjuntos com feições urbanas, os condôminos, à espera de regularização que não agrida as leis ambientais e a moralidade pública.
O quadro territorial esboçado acima não revela toda a complexidade da organização do espaço ao longo do tempo. Em fins dos anos 1950, previa-se que esse território receberia uma cidade planejada (Brasília), a partir do projeto piloto do urbanista Lúcio Costa e que as cidades-satélites seriam construídas quando o núcleo central estivesse totalmente ocupado pelos 500.000 habitantes estipulados pelo governo de Juscelino Kubitschek. Todavia, extrapolando as previsões, a imigração intensa ensejou que se alterasse a proposta inicial. Para evitar a favelização prematura da Capital, os governantes abriram espaço, em 1958, para o primeiro núcleo periférico – Taguatinga. Para