O Processo De Expans O Do Setor Agr Rio Brasileiro At A D Cada De 60
DISCIPLINA: Desenvolvimento Rural Brasileiro
REPOSITIVA DOS DIAS 06 E 07-10-2014
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O processo de expansão do setor agrário brasileiro até a década de 70, em muitos momentos funde-se com a própria História do país, afinal, o início da luta pela posse de terras se deu com o Descobrimento e os embates entre o colonizador e os indígenas, embate este, que não encontra desfecho mesmo nos dias atuais. Sobre este processo, Oliveira (2001), afirma que “há mais de 500 anos os índios vem sendo submetidos a um verdadeiro etno/genocídio histórico”. Isso por que, segundo o autor, o território capitalista no Brasil tem sido produto da conquista e destruição dos territórios indígenas. (OLIVEIRA, 2001, p. 187).
Posteriormente, os escravos negros lutaram por terras contra os fazendeiros rentistas e, através da fuga, surgiram os quilombos. Os escravos descobriram porções de terra inabitada e se abrigaram por lá, formando, segundo Oliveira (2001), “verdadeiras terras da liberdade e do trabalho de todos no seio do território capitalista colonial”. Infelizmente, muitos quilombolas morreram em decorrência da guerra promovida pelos senhores de escravos e, apenas hoje, a sociedade brasileira começa a reconhecer alguns dos direitos dos remanescentes de quilombos à terra. Sobre isso, Stédile e Estevam (2005) expõe que “durante os quatro séculos do período colonial-escravocrata, a sociedade brasileira ficou engessada pelo modelo agroexportador colonial. Todo o desenvolvimento foi retardado”. O grau de espoliação dos trabalhadores era tanto, que a escravidão brutal não permitia aos trabalhadores oprimidos conseguir se organizar social e politicamente, por isso, houve uma ausência completa de elaboração política no período e, a única forma de lutar, era fugindo da escravidão, o que provocou o surgimento dos quilombos.
Durante o processo de crise da escravidão e do modelo agroexportador, segundo Stédile e Estevam (2005)