O povo de israel
1. Introdução
A história do povo de Deus se inicia com grupos que não suportam qualquer tipo de opressão. Deixam a segurança da qual poderiam gozar dentro ou ao redor das cidades, chamadas de cidades-estado, onde trabalhavam como agricultores ou em outra profissão, e se tornam pastores. Preferem a vida de liberdade em regiões menos seguras, pois sabem que se ficassem dependentes dos mandões da cidade, teriam que aceitar um jogo de cartas marcadas, e que sempre perderiam e seriam oprimidos. Saem, deslocando-se de um lugar para outro, estabelecendo-se provisoriamente ao largo das cidades atrativas, mas opressoras, contra as quais procuram se defender mutuamente (Gn 14, 1-16). Ficam de fora, só se servindo das cidades quando conseguem tirar algum proveito, sem se submeter.
Quando aconteceu tudo isso
É difícil dizer com clareza a época em que esses grupos rebeldes e avessos a sistemas opressores, isto é, quando Abraão, Isaque e Jacó começaram a se movimentar, até chegar na terra de Canaã. Provavelmente foram levas que se deslocaram em períodos diferentes. O povo da Bíblia não se preocupou em marcar datas, talvez nem mesmo soubesse direito. Os historiadores tentam achar uma data que varia entre 1950 até 1300 a.C. o povo simplesmente conta histórias sobre as famílias de Abraão, Isaque e Jacó.
O que era uma cidade-estado
Era uma cidade governada por um rei. Era independente, como se fosse um pequeno país, cercada de muralhas, para evitar as invasões dos inimigos. Tinha uma parte alta, chamada acrópole, onde ficava o palácio do rei, o templo, e onde morava a classe dominante, gente da elite. Na parte baixa ficava o mercado e o casario de gente mais pobre, como pequenos comerciantes, artesãos e pessoal de segundo escalão.
Ao redor da cidade havia terras cultivadas por camponeses, que aí moravam em casas pequenas, desprotegidas, pois estavam fora das muralhas. O rei dava certa proteção com soldados, mas exigia em troca completa submissão.