o povo brasileiro
O capitulo “O Enfrentamento dos Mundos” descreve com alguns detalhes o caos ocorrido em 1.500 durante o período da colonização, que repercute em nós brasileiros uma personalidade extremamente “solidária/ conformista”.
A chegada dos portugueses ao Brasil deixou os índios maravilhados e, eles que até então não conheciam gente diferente da deles, não possuíam discernimento para interpretar a vinda do “branco” em seu território, tampouco as conseqüências dessa descoberta, por isso a maneira mais aceitável de entender aquele momento foi voltarse ao misticismo: assim os portugueses que aqui chegaram foram tratados como reis, ou melhor, deuses. Deuses que vieram do mar, da natureza. Já para os lusitanos esse momento era o reconhecimento de uma parte do Éden perdida nos tempos.
O povo português ocupou a terra dos nativos, explorando dela tudo o que lhe interessava, por meio do trabalho escravo indígena. Como método de “pacificação”, os jesuítas utilizaram das missões religiosas e, através dessa ferramenta, impuseram a cultura portuguesa, desmerecendo seus costumes, crenças e obrigando-os a falar uma língua estranha.
Nesse processo de aculturação, os choques mais marcantes foram os trazidos pela catequização; conceitos como pecado, distinção entre bom e ruim, a existência do Deus que pune passou a fazer parte da vida dos índios.
As índias serviam de reprodutoras, as pré-geradoras da raça que hoje conhecemos por brasileira. Os homens caçavam, pescavam, juntavam toras de paubrasil e serviam aos portugueses.
Existia um “encantamento dos índios pelos portugueses”, ou melhor, pelas ferramentas que estes utilizavam, pelas armas, muito superiores aos seus arcos e flechas, pelos adornos, colares, espelhos e possibilidade de aventura que o convívio entre índios e brancos proporcionava o que não havia em suas pacatas tribos. Isso fez com que os índios se corrompessem e se voltassem uns contra os outros, enfraquecendo ainda mais