O PAPEL EDUCACIONAL E O PAPEL DO PROFESSOR DIANTE DA HOMOFOBIA

Universidade Federal de Pernambuco-UFPE
Centro Acadêmico do Agreste-CAA
Núcleo de Formação Docente
Hebio Junior Bezerra de Oliveira

Fundamentos da Psicologia II:
O PAPEL EDUCACIONAL E O PAPEL DO PROFESSOR
DIANTE DA HOMOFOBIA

Caruaru, agosto de 2014.

INTRODUÇÃO
Podemos entender a homofobia, assim como as outras formas de preconceito, como uma atitude de colocar o individuo, no caso, o homossexual, na condição de inferioridade, de aberração, baseada no domínio da lógica em que o heterossexual é o normal, ou seja, da heterossexualidade como padrão, norma. No entanto, deve-se compreender a legitimidade da forma homossexual de expressão da sexualidade humana. Não por acaso, em nossas escolas, temos assistido ao crescente interesse em favor de ações mais abrangentes no enfrentamento da violência, do preconceito e de discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Cada vez mais a homofobia é percebida como um grave problema social, e a escola é considerada um espaço decisivo para contribuir na construção de uma consciência crítica e no desenvolvimento de práticas pautadas pelo respeito à diversidade e aos direitos humanos. A discriminação é uma prática social que marca o cotidiano das escolas. A esse respeito, Denilson Lopes (2003) observa que um garoto pode ser objeto de escárnio por parte de colegas e professores (“o veadinho da escola”) antes mesmo de identificar-se como gay. Em tal caso, tenderá a ter seu nome escrito em banheiros, carteiras e paredes da escola (CAETANO e RANGEL, 2003), permanecendo alvo de zombaria, comentários e outras variadas formas de assédio e violência ao longo de sua vida escolar. Se a escola ou os educadores não abordam o tema, ou quando abordam desqualificam as expressões homossexuais, não será na escola que jovens gays, lésbicas e travestis encontrarão uma referência para compartilhar suas dúvidas, incertezas e angústias sobre sexualidade.
O PAPEL EDUCACIONAL E O PAPEL DO