O PAPEL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA NA MOBILIZAÇÃO DE UMA COMUNIDADE RURAL PARA ORGANIZAÇÃO COLETIVA
Introdução
A região centro oeste do Estado de São Paulo, onde se localiza o município de Botucatu, é caracterizada por ser a principal área de recarga do Aquífero Guarani. Contudo, sua forma de ocupação é semelhante a outras do Estado, no que diz respeito à apropriação dos recursos naturais, ao desenvolvimento pautado na busca de divisas econômicas, a partir da geração de bens primários, e a má distribuição da riqueza gerada entre os diferentes segmentos e atores desse processo (IRITANI, 2008).
Desta forma, este estudo realiza-se em uma comunidade rural do município de Botucatu, caracterizada por possuir muitos conflitos socioambientais e deficiências na disponibilidade de serviços básicos. Tal proposta tem o propósito de subsidiar, por intermédio dos pressupostos da educação ambiental crítica, estratégias de organização social e coletiva deste grupo rural, tendo em vista que para cada sociedade, em um determinado momento histórico, há uma necessidade de ajustamento da organização social sobre circunstâncias específicas da realidade.
A Educação Ambiental Crítica objetiva promover ambientes educativos de mobilização dos processos de intervenção sobre a realidade e seus problemas socioambientais. Para que seja possível propiciar, nestes ambientes, um processo educativo, é necessário que estejam educandos e educadores se formando e contribuindo pelo exercício de uma cidadania ativa, na transformação da crise socioambiental vivenciada por todos (GUIMARÃES, 2004).
Metodologia
Este trabalho tem se desenvolvido por meio da inserção da pesquisadora na comunidade realizando observações do contexto socioambiental, entrevistas com os moradores e promovendo reuniões com a coletividade, além de trazer as contribuições da EA para a educação não formal, não somente na formação de um coletivo organizado, mas, sobretudo, na formação cidadã de um grupo, promovendo o