O papel da dinâmica projetiva no interior das fomações sociais fascistas.

O papel da dinâmica projetiva no interior das fomações sociais fascistas.

Analisando a psicologia de massas, em especial a fascista na Alemanha de Hitler, Freud chega a uma explicação plausível, através da psicanálise, para explicar o porque da identificação do povo para com uma ideologia tão irracional. Partimos da questão do que leva o indivíduo a se transformar em massa, qual o vínculo que fará com que se unam, para o autor esse principio é a natureza libidinal (natureza de instintos e desejos do homem, suas pulsões), usada pelas lideranças fascistas que mantinham a energia libidinal primária em um nível inconsciente, de modo a desviar e concentra-la de forma adequada para fins políticos. É pela manobra de personificação a eleição de um líder, no caso Hitler, a propaganda fascista o torna a figura máxima, o eu idealizado, do qual as pessoas se identificariam como ideal a seguir de personalidade e caráter podendo assim resolver seus conflitos externos e internos chegando a perfeição, inconscientemente o identificava como um pai e mantinha com ele um vinculo erótico. Assim o indivíduo troca sua autonomia por valores externos e irracionais, sem uma reflexão toma pelo certo esses padrões e canaliza sua natureza libidinal a esses fins obtendo assim um certo tipo de prazer, satisfação narcisista. Ao manter essa relação com o líder, e fazer dele seu ideal, atendendo aos seus padrões e agindo de acordo com seus preceitos o indivíduo atinge o que ele acha que seria o ideal e se realiza, ama a si mesmo, e se livra de “manchas” e “frustrações” que estragam seu eu empírico satisfazendo um duplo desejo de se submeter a uma autoridade e ser a semelhança desta. O próximo passo para a política fascista, depois dessa identificação e união, é definir através de algum parâmetro quem esta in-group e out-group (os conteúdos positivos já estão definidos e precisam dar vazão aos negativos), então identificados os out-goup canalizam as pulsões negativas