o outro lado humano da salvação
O arrependimento é basicamente, um dom de Deus. O Senhor não impõe o arrependimento, mas ninguém pode queixar-se de que não tem capacidade para mudar sua mente com Deus. Depois do relato de Pedro sobre o que aconteceu na casa de Cornélio, os judeus de Jerusalém, após a manifestação do Espírito Santo, "glorificaram a Deus, dizendo: "Na verdade, até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida" ( At. 11: 18). Cada pessoa tem esta graciosa possibilidade, e dela se vale se quiser e quando quiser. Um dos ladrões na cruz, que zombava de Cristo, arrependendo-se, disse a Jesus: "senhor, lembra-te de mim, quando entrares no Teu reino". E Jesus disse-lhe: "Em verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no Paraíso" (Luc. 23: 42, 43).
Assim como Deus dá arrependimento para a vida, também dá arrependimento para conhecimento da verdade, "desprendendo-se dos laços do Diabo, em que, à vontade dele, estão presos" (II Tim. 2: 25, 26). Todos podem gozar deste privilégio concedido por Deus, o Pai: As pessoas ouvem a mensagem do evangelho, o Espírito santo convence-os dos seus pecados, o que pode produzir neles o incômodo desejo individual de arrepender-se. É preciso tomar uma decisão de obedecer a Deus, pois ninguém é obrigado a isso.
Jonas pregou o arrependimento em Nínive; eles aceitaram a mensagem e voltaram-se para Deus. Então interroga Paulo: "Desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?" (Rom. 2: 4). No livro do Apocalipse, temos esta advertência: "Sê, pois, zeloso, e arrepende-te" (Apoc. 3: 19). Aprendemos dessa passagem que Deus às vezes traz o castigo como instrumento que desperta no povo a necessidade de arrependimento, e