Hinduismo
O primeiro passo para um diálogo com os hindus
Edison Samraj
Se você alguma vez quiser ter um diálogo intelectualmente estimulante, escolha a Índia. Esqueçase do pó, da sujeira e das multidões. Viaje num trem, primeira classe. Enquanto o trem ganha velocidade, volte-se para um vizinho. Pode ser um homem de negócios, professor de faculdade, político ou não importa quem. Se for hindu, você encontrou a pessoa certa. Ele pode prender sua atenção a viagem toda, falando da vida, morte, do que vem depois, sobre misticismo e a origem da ciência nuclear em escritos hindus antigos. No fim da viagem, sua jornada terá escapado do enfado e abrangido o nada. Hinduísmo é tudo. Hinduísmo é nada. Não o tome literalmente. Tome-o filosoficamente. Uma das antigas religiões do mundo, seus adeptos aproximam-se de 800 milhões e vivem ao redor do mundo. O hinduísmo não é simplesmente uma religião; é um sistema complexo de crenças forjado num sistema de acomodação; é um oceano de crenças que ora são coerentes, ora complementares, ora contraditórias. Pode não ter uma resposta para todas as perguntas, mas certamente tem uma pergunta para cada resposta. Para o cristão, isso cria um problema fundamental. Como comunica um cristão suas crenças e valores a um hindu? Não é fácil, mas podemos tentar. Para começar, precisamos compreender cinco questões básicas antes de podermos decifrar o enigma da mente hindu.
Teria o mundo evoluído? Os hindus crêem que o mundo evoluiu através de estágios sucessivos. Primeiro veio a matéria. Depois veio a consciência, a inteligência e finalmente a espiritualidade. Num extremo do espectro cósmico há matéria pura e, no outro, espírito puro. No meio está o tempo. Na matéria, o espírito está dormente. A riqueza de uma determinada existência depende da proporção de espírito na matéria. Quanto mais alto o espírito, tanto menos matéria e tanto mais rica a experiência. O inverso também é verdade. O espírito aparece em muitas formas: como