O método como caminho do conhecimento cientifico
Quando observamos a pratica cientifica concreta, o que nos aparece de forma mais evidente é a aplicação de técnicas (procedimentos de observação, experimentação, coleta de dados, registro de fatos, etc.) que seguem um cuidadoso plano de utilização que se dá em função de um método. No entanto, não basta somente seguir um método e aplicar técnicas, esse procedimento precisa ainda referir-se a um fundamento epistemológico que sustenta e justifica a própria metodologia praticada.
A ciência utiliza-se de um método que lhe e próprio, o método cientifico. Ao trabalhar com seu método, a primeira atividade do cientista é a observação de fatos, que inicialmente pode até ser casual e espontânea. Mas os fatos não se explicam por si sós. Queremos saber exatamente por que tais fatos estão ocorrendo dessa maneira. Por isso, não basta ver, é necessário olhar e já estar problematizado. O problema se formula pela causa dos fenômenos observados, qual a relação causal entre eles. Ai entra em ação o poder lógico da razão, que formula uma hipótese. Formulada a hipótese, o cientista precisa fazer uma verificação experimental, testando a mesma. Se confirmada a hipótese, tem-se então a lei.
Por outro lado pode ocorrer ainda que várias leis tenham a possibilidade de serem unificadas em uma lei mais abrangente, que é a teoria. Explica assim, num nível mais geral ainda, um conjunto maior de fatos aparentemente diferentes entre si. Finalmente, várias teorias poderiam se resumir numa única teoria/lei que explicasse todo o funcionamento do universo, tal seria o sistema.
O método cientifico se compõe de dois momentos: experimental e matemático, no experimental tem-se a fase indutiva do método, enquanto no matemático tem-se a fase dedutiva. Indução e dedução são duas formas de raciocínio, isto e, procedimentos racionais de argumentação ou de justificação de uma hipótese. No raciocínio indutivo, ocorre um processo de generalização, onde o