O mundo sem drogas
Risco, em epidemiologia é a probabilidade de ocorrência de um resultado desfavorável, de um dano ou de um fenômeno indesejado. Desta forma estima-se o risco ou probabilidade de que uma doença exista através dos coeficientes de incidência e prevalência. Para OMS (CLAP- OPS/OMS, 1988) o fator de risco de um dano são todas as características ou circunstâncias que acompanham um aumento de probabilidade de ocorrência do fato indesejado sem que o dito fator tenha intervindo necessariamente em sua causalidade.1
Uma das definições mais comuns da epidemiologia é que esta é o estudo da distribuição das doenças e dos determinantes de sua prevalência nas populações humanas (MacMahon; Pugh, 1960).2 Observe-se porém que com o advento da utilização de marcadores moleculares, a exemplo da titulação de anticorpos, níveis de frações do colesterol no sangue; identificação/ quantificação de antígenos prostáticos e ou outros marcadores tumorais, o escopo da epidemiologia tem se ampliado ou deslocado entre a fase clínica da doença, para seus fatores de risco ou antecedentes mórbidos da fase pré clínica, no plano da história natural das doenças ou fatores determinantes numa perspectiva da epidemiologia social.
Observe-se também que, embora possa parecer evidente, risco não significa certeza. A presença de um fator de risco não é obrigação da ocorrência do evento. A afirmação "hipertensão arterial causa derrame" pode não ser apropriada. Há hipertensos que não terão nunca um derrame, morrendo um dia por outra causa. A frase "em um grupo de pessoas, mais casos de derrame ocorrerão naqueles que tem hipertensão" descreve melhor a situação. Não deixa de demonstrar a