O MUNDO PELA JANELA ... DO COMPUTADOR!
Foi a Wi (Wilma Bolsoni) que me motivou a escrever este artigo, quando disse “... Espero que o seu Blog possa “mexer” com as pessoas que assistem o mundo se transformar pela janela...”
Isso me fez refletir em algo que venho pensando com alguma freqüência nos últimos anos e que esta relacionado à revolução de conceitos que os meios de comunicação, principalmente a internet, trouxeram para as nossas vidas. Falo de comportamento mesmo.
De imediato me vieram duas diferentes imagens a mente. Numa delas vi a pequena cidade do interior onde aparentemente nada acontece, como foi descrito por nosso poeta maior, Carlos Drummond de Andrade em “Cidadezinha qualquer”... Nesse texto, encontra-se retratado o cotidiano pacato e sem sentido de uma comunidade onde a vida passa sem sobressaltos e nem novidades, tornando seus moradores em protagonistas de um roteiro sem graça, ou como decreta o texto, “Eta vida besta, meu Deus”.
Na outra imagem, quase oposta, vi muitas outras pessoas que conheci, dentre tantas que não conheço e jamais conhecerei que, como na musica do Kid Abelha, “Nada tanto assim”, vivem “ensaiando” uma vida que jamais viverão, por absoluta falta de foco, de objetivos claros.
Em comum, o fato de que, de um jeito ou de outro, essas pessoas vêem a vida passar pela “janela” o que, por um paradoxo, configura os dois extremos convergindo para uma única constatação, que representa o fato de que essas pessoas, tão diferentes, compartilham um vazio existencial que faz adoecer suas almas.
Em psicologia, definimos o ser humano como sendo um ser eternamente em falta, ou seja, fragmentado e incompleto. Logo, o que melhor caracteriza o homem e a eterna falta ou por outro a eterna busca por saciar uma lista interminável de desejos e aspirações ao longo de sua existência.
Nesse contexto eu vejo a “janela” do computador como uma armadilha letal para as pessoas. Se por um lado a web representa, como dizia