O momento brasil (2001-2010): crescimento sustentável?
A humanidade tem experimentado, desde o último século, avanços substanciais em praticamente em todas as áreas, sejam do conhecimento, da economia, cultura, social, entre outras. Contudo, as desigualdades sócio-econômicas têm aumentado consideravelmente.
Segundo (HOBSBAWN, Eric – 2011), a expansão da economia global ameaçou o meio ambiente, tornando-se urgente a necessidade de controle do crescimento econômico desenfreado.
“Há um óbvio conflito entre a necessidade de reverter ou de pelo menos controlar o impacto de nossa economia sobre a biosfera e os imperativos de um mercado capitalista: crescimento máximo e contínuo na busca do lucro. Esse é o calcanhar de Aquiles do capitalismo. Não podemos, no presente, prever de onde partirá a flecha que lhe será fatal” .
De fato, a atual crise mundial apresenta de um lado os países do bloco econômico europeu em meio às discussões de como ajudar seus membros a salvarem as suas economias, muitos adotando medidas austeras de contenção de gastos e aumento de impostos, refletindo diretamente sobre sua população. De outro, os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que experimentam o crescimento acelerado de suas economias.
Este trabalho visa analisar esse crescimento no Brasil (no período de 2001 à 2010) e o impacto sobre a sociedade brasileira, quanto à distribuição de renda e outros índices de desenvolvimento sócio-econômico.
A distribuição de renda melhorou? Esse crescimento econômico é sustentável? Essas perguntas deverão ser respondidas ao final desse artigo dentro da perspectiva quantitativa e acadêmica.
BREVE CONTEXTO HISTÓRICO
A primeira década do século XXI, a nível internacional, foi marcada por uma crise global em diversos planos (Ético, Político, Econômico, Social, etc.). No olho desse “furacão”, o processo de Globalização acelerada tornou o mundo mais complexo e suscitou uma perplexidade nas elites para lidarem com as estruturas internacionais em mudança.
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