O Modal Dutoviário

INTRODUÇÃO

Com as atividades de comércio e a necessidade de interação entre uma região produtora para a consumidora, a demanda de transporte de carga está cada vez maior. Levando em consideração a influência dos meios de transporte nos preços dos produtos, podemos considerar este setor determinante para as exportações e um alicerce da economia de um país, visto que causa um importante impacto na produção e geração de empregos em diversos outros setores.
No Brasil, cerca de 60% de toda produção é transportada pela malha rodoviária, as ferrovias são responsáveis por apenas 21% e o modo aquaviário por 14%. Os sistemas dutoviário e aéreo não alcançam 5% da produção. (FERREIRA, 2012), enquanto nos Estados Unidos o transporte por dutos representa quase 17% da matriz de transportes medida em tonelada-quilômetro (VAZ, OLIVEIRA e DAMASCENO, 2006).
O transporte dutoviário pode ser considerado vantajoso na movimentação de produtos em grande volume, mas de baixo valor unitário, como produtos a granel (minério e grãos), líquidos (petróleo e derivados) ou gasosos (CNT, 2008). Mas então porque ele é tão pouco utilizado?
A seguir iremos entender mais sobre este modal no que se refere ou seu histórico, suas vantagens, desvantagens, produtos transportados, investimentos, custos e perspectivas.

HISTÓRIA DO TRANSPORTE DUTOVIÁRIO

Com o crescimento das cidades houve uma forte necessidade de uma infra-estrutura básica para a sobrevivência da população, e uma delas era o contínuo abastecimento de água. O transporte dutoviário surgiu para suprir o abastecimento de água nos grandes centros urbanos. Desta forma, através dos aquedutos, a demanda era atendida para o consumo de água encanada.
Os aquedutos estão espalhados por toda parte do mundo. No Rio de Janeiro, o aqueduto da Carioca – Arcos da Lapa – foi construído em 1750 para fornecer água do Morro de Santa Tereza para o Chafariz da Carioca, e ligar o Morro de Santa Tereza ao Morro de Santo Antônio.