O mercador de veneza
RADFORD, MICHAEL. O Mercador de Veneza. Filme. Título original: The Merchandt of Venice. 2004. Baseado na obra de Willian Shakespeare.
"Acompanhai-me ao notário e assinai-me o documento da dívida, no qual, por brincadeira, declarado será que se no dia tal ou tal, em lugar também sabido, a quantia ou quantias não pagardes, concordais em ceder, por equidade, uma libra de vossa bela carne, que do corpo vos há de ser cortada onde bem me aprouver".
Esta é a síntese do contrato firmado entre o judeu Shylock (agiota) e Antônio que foi fiador do amigo Bassânio que precisava de três mil ducados para fazer a corte à rica Pórcia que é o foco central da famosa comédia.
O enredo aborda duas óticas: de um lado o penhor de uma libra de carne, o contrato, e sua implicação e desdobramentos legais e, de outro, o aspecto romântico que envolve a escolha do noivo levando em conta as condições materiais e, ainda de igual forma, suas implicações. A comédia, aliás, coloca em discussão vários assuntos relacionados à área jurídica como o contrato e a importância da argumentação e da retórica para os profissionais do direito.
Como à esta análise interessa o Contrato e seus desdobramentos com o enfoque do autor Willian Shekespeare, é importante destacar que Shylock nutria certo ódio por Antônio que também praticava a usura, porém sem cobrar juro algum, o que atrapalhava os negócios do judeu que viu neste empréstimo a oportunidade de vingar-se de Antônio, colocando tal condição para o empréstimo.
No dia estipulado para o pagamento, Antônio não quitou a dívida e Shylock resolve recorrer à Justiça para ter seu contrato executado. Entra em cena Pórcia que chega ao Tribunal, disfarçada de homem, como um jovem advogado disposto a ajudar Antônio. Pórcia oferece o pagamento em dinheiro para o judeu, que munido de má fé, recusa lembrando que quer a execução do contrato: a libra de