O Megalitismo funerário do território português"
Pré e Proto-história de Portugal
“ O Megalitismo funerário do território português: sequências arquitetónicas e sua correlação com os espólios respetivos nas diversas áreas geográficas onde o megalitismo se encontra devidamente representado”.
No que diz respeito ao megalitismo funerário o Alto Alentejo é a região por excelência.
Na primeira metade do V milénio a.C passou-se de simples covachos abertos junto da área habitada, para verdadeiros monumentos megalíticos.
Nos primeiros momentos do megalitismo e dadas as dimensões modestas dos monólitos e dos espaços por ele definidos, apresentam planta fechada e são cobertos por um montículo de terra e pedras. A implantação destes sepulcros não se encontraria muito afastada do povoado onde vivia a comunidade, o povoado de Salema, situa-se apenas a algumas centenas de metros da sepultura proto megalítica de Marco Branco, Santiago do Cacém.
No Alentejo Litoral a fase média do megalitismo encontra-se representada pelo monumento da Palhota, dólmen com câmara de planta sub-rectangular, algo irregular e corredor estreito, longo e bem diferenciado. Ai encontrou-se uma ponta de seta de base pedunculada, que antecede a fase de apogeu do megalitismo regional (segunda metade do IV milénio a.C), representada pelo dólmen de Pedra Branca, de câmara poligonal e corredor de comprimento médio. O espólio encontrado foi cerâmica e ponta de seta, e, pela primeira vez, placas de xisto decoradas.
Manuel Heleno admitiu que as pequenas antas fechadas antecederam as grandes antas mais complexas e de maior tamanho, evolução que foi comprovada pelo arcaísmo do espólio nas primeiras, e o seu carácter diversificado e evoluído nas segundas. Na classificação dos dólmens é preciso atender não só à arquitetura mas também à evolução do espólio associado, referindo existirem formas arquitetónicas primitivas em períodos avançados. No Alentejo Central e Ocidental algumas antas, de planta elipsoidal, fechadas ou com